Sorotipos e protectotipos de Bronquite Infecciosa

Sorotipos do IBV

Diferentes isolados do IBV foram divididos em diferentes sorotipos com base no teste de Vírus Neutralização (VN) realizado em ovos embrionados ou em culturas de órgãos de traquéia. Os isolados do vírus da Bronquite Infecciosa também podem ser identificados molecularmente utilizando o teste RT-PCR, o teste RFLP ou o seqüenciamento de nucleotídeos. Isto agrupa as cepas de acordo com seu genótipo. É possível que os resultados nas provas de classificação das cepas em sorotipos e genótipos nem sempre coincidam mas, em geral, há uma boa correlação entre ambos os métodos de tipificação. Muitos sorotipos diferentes do IBV são reconhecidos e isso é importante porque, no geral, diferentes tipos do vírus não geram proteção cruzada. Entretanto, algumas cepas de vírus são bastante eficazes na indução de proteção cruzada contra outros sorotipos (consulte os “Protetotipos”).

Sorotipos variantes

O IBV tem a habilidade de mudar rapidamente. Isto pode resultar em novos vírus variantes ou sorotipos. A prevalência dos sorotipos variantes de Bronquite Infecciosa (BI) primeiro deve ser determinada antes de iniciar o uso de uma vacina contendo esses vírus. A legislação de cada país determina regras específicas sobre a possibilidade ou não do uso de cepas diferentes. Os vírus variantes podem estar presentes quando problemas "parecidos com BI" são observados em lotes devidamente vacinados com vacinas do tipo Massachusetts.
Por outro lado, vacinas existentes podem conferir proteção contra a cepa variante. Quando produtos disponíveis atualmente comprovadamente geram proteção insuficiente contra um vírus emergente, o desenvolvimento de uma vacina homóloga contra a nova variante é justificado (por exemplo IBV 4/91).

A ocorrência dos sorotipos variantes aumenta a necessidade de vacinas inativadas pois é complicado aplicar várias vacinas vivas de BI em um curto período de tempo sem provocar interferência entre elas..

Protectotipos

Novos sorotipos podem surgir como resultado de apenas algumas alterações na seqüência de aminoácidos da parte S1do gene da espículadovírus. Embora possa surgir um novo sorotipo, uma boa parte do genoma do vírus permanece inalterada. Pode ser por isso que as vacinas de BI elaboradas com um certo sorotipo podem prover proteção contra as cepas BI que não pertencem àquele sorotipo. Do ponto de vista prático pode ser relevante pensar em termos de protectotipos em vez de em sorotipos.

Leia mais em Proteção cruzada - vacinas vivas e Proteção cruzada - vacinas inativadas.

Avaliação da proteção

Há diferentes maneiras de medir a proteção contra a infecção do VBI.

Após o desafio com VBI patogênico, a proteção pode ser avaliada através de:

  • sinais clínicos nas aves
  • re-isolamento do vírus
  • detecção do vírus(por exemplo,
  • teste de Imunofluorescência — IFT)
  • alterações histológicas em tecidos da traquéia ou nasais (por exemplo, ao utilizar anticorpos monoclonais em ensaios de imunoquímica)
  • teste de cilioestase
  • detecção do genoma viral através do teste RT-PCR

Para o propósito de nosso trabalho, faremos referência basicamente ao teste de cilioestase..

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